sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A FORÇA DO PENSAMENTO. – A Sociedade.

Encontramos no livro E a Vida Continua... de André Luiz, as seguintes passagens:
Pág.70- “(...) o mundo terrestre é aquilo que o pensamento do homem faz dele. Aqui (mundo espiritual) é a mesma coisa. A matéria se resume a energia. Cá e lá, o que se vê é a projeção temporária de nossas criações mentais(...)”.
Pág.72- “(André Luiz pergunta ao mentor) (...)se nos achamos num plano espiritual, que dizer das construções sólidas?(...) - Os edifícios no mundo dos homens nascem do pensamento que os esculpe e da matéria que obedece aos projetos elaborados. Aqui (mundo espiritual) verificamos o mesmo processo, diferindo apenas as condições da matéria, que se evidencia mais intensivamente maleável à influência da ideia”.
Nos leva a compreender que, com a força do pensamento, o homem é capaz de criar e modificar o ambiente em que se encontra, tanto no mundo material quanto no mundo espiritual. Os indivíduos que pensam de modo semelhante se procuram e se agrupam em uma sociedade elaborando e criando o ambiente de convivência mútua, bem como a estrutura e regras que darão certa ordem social. No mundo material é preciso usar as mãos para modificar a matéria, mas no mundo espiritual ela é manipulada pelo pensamento e pela vontade, que agitando o Fluido Cósmico Universal - (FCU) obtém as criações fluídicas, chamadas de formas-pensamento ou ideoplastias.

No mundo material os recursos são limitados, o homem utiliza sua inteligência e sentimento para aproveitá-los do modo que lhe convém. Considerando o mundo material como uma escola para o aprendizado de lições específicas e direcionadas, a liberdade que se desfruta é relativa e limitada. O alcance e a influência do pensamento são limitados, pela própria natureza da matéria.

No mundo espiritual os recursos são ilimitados, e também são utilizados do modo que melhor convém ao desencarnado. Vê-se então, que no mundo espiritual a liberdade é muito maior, o alcance e a influência do pensamento limita-se apenas ao grau evolutivo de cada um, e tudo o que se pensa e deseja pode ser criado, o que não ocorre no mundo material. Este é o indicativo de que o verdadeiro lar do ser humano é o mundo espiritual; também chamado de mundo mental por Emmanuel. Concluindo: a mente utiliza-se da matéria de que dispõe, que em ambos os mundos, provém do FCU.

Quando a mente elabora uma ideia, a intenção esperada é colocá-la em prática, e o indivíduo buscará compartilhá-la com aqueles que as apreciam, acreditam nela e por sua vez, podem dar sua contribuição. O indivíduo guiado por pensamentos de amor, respeito ao próximo, solidariedade, procurará a companhia daqueles que nutrem pensamentos semelhantes, e juntos constituirão um ambiente, e todo o ordenamento social, que refletirá aqueles sentimentos comuns com os quais estão sintonizados. 

Então, tudo o que os seres de mentalidade superior constroem, tem um caráter moralmente elevado visando o bem-estar coletivo; já as construções mentais dos seres de mentalidade inferior refletem o desequilíbrio dos seus idealizadores, como vemos em outro trecho do mesmo livro E a Vida Continua... de André Luiz, na pág. 102:
“Achamo-nos a frente de perigosa extensão de espaço, habitada por milhares de criaturas rebeldes que constroem, à custa dos próprios pensamentos em desvario, o ambiente desolado que se nos impõe à vista(...) somos defrontados pelas mais estranhas edificações(...)”.
Em analogia ao texto acima, vemos que a sociedade terrena apresenta injustiças, desvios e imperfeições, que são frutos do conjunto dos pensamentos de seus habitantes que majoritariamente pensam de modo semelhante. O modo de pensar do ser humano concebe uma sociedade onde aedificações, as instituições, o ordenamento jurídico, a tecnologia, a produção de alimentos, e etc., são em sua maioria, a expressão dos valores morais que predominam na sociedade naquele momento. Àqueles que não consentem com os desvios e não contribuem com as injustiças de hoje, os praticavam em encarnações passadas, o que não os livram da responsabilidade. A justiça divina nos coloca onde devemos estar.

O problema se agrava quando, seguindo uma pretensão vaidosa, o indivíduo busca solucionar as imperfeições que a sociedade apresenta, fora da moral contida nos ensinamentos evangélicos de Jesus Cristo. Cada indivíduo, no seu íntimo, possui um modelo ideal de sociedade, mas ao tentar impô-lo se tornará um tiranoAs soluções apresentadas de forma tirana, impositiva, maliciosa, sempre trazem um grande mal à sociedade, porque a própria imposição já reflete o caráter amoral de quem as propôs. Assim, surge uma questão: qual o sentimento por trás da proposta?

Para não incorrer neste erro, deve-se seguir a sugestão de Jesus para aperfeiçoar a sociedade até agora concebida: baseá-la na lei de amor. Jesus não estabeleceu uma estrutura social ideal nem um conjunto de leis ou regras, apenas pregou o amor incondicional como norma de conduta para guiar toda sociedade estabelecida em qualquer época. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, it. 8 - A Lei de Amor, encontramos:
“A lei de amor substitui a individualidade pela fusão dos seres, e sufoca as misérias sociais”. Lázaro
A sociedade não necessita sofrer uma revolução que transforme seus valores, costumes e crenças, típicas de soluções rápidas e sedutoras; a sociedade necessita de aperfeiçoamento. E é o sentimento do amor que irá aperfeiçoando e corrigindo os erros e desvios de cada integrante da sociedade, são as decisões individuais originadas por pensamentos baseados no amor, na caridade, que trarão reflexo ao conjunto.

Uma estrutura social e jurídica perfeitamente idealizadas serão corrompidas por integrantes que se guiam por pensamentos corrompidos, desvirtuando as leis, e mesmo os aspectos religiosos (incluídos àqueles da doutrina espírita). A solução não se encontra pronta, baseada em fatores externos ao indivíduo, como se ele estivesse eximido do trabalho, do esforço e da prática do bem. A solução se encontra na autoeducação proposta pela reforma íntima, corrigindo primeiro, os desvios internos do ser humano.

O indivíduo não deve preocupar-se com seu alcance limitado na sociedade, pois, entendendo a família, ou o local de trabalho, como uma micro sociedade, onde sua ação é mais efetiva, pode vincular o mesmo raciocínio que foi demonstrado. Pensamentos de amor, respeito, vão construindo o ordenamento familiar e profissional de modo em que todos os membros convivam em um ambiente harmonioso, não propenso aos atritos, às desavenças e hostilidades.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A FORÇA DO PENSAMENTO. – A Influência aos Outros.

O pensamento é a força capaz de provocar vibrações no Fluido Cósmico Universal - (FCU), e essas vibrações são captadas, não apenas por quem as gerou, mas também por outros seres. Há então, uma troca constante entre todos os seres que habitam uma certa região, tanto do mundo espiritual como do material. Essas ondas mentais se cruzam, porém sem se confundirem.

Como os fluidos são o veículo do pensamento, eles estão impregnados das qualidades boas ou más decorrentes da força que os coloca em vibração; maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais e o contrário se dá com bons pensamentos.
No livro A Gênese, no cap. XIV, it. 16 encontramos o trecho:
"Os fluidos que rodeiam ou que projetam os maus espíritos, são pois viciados, enquanto que aqueles que recebem a influência dos bons espíritos são tão puros quanto o permite o grau de perfeição moral deles".
E ainda, no livro Nos Domínios da Mediunidade de André Luiz, o espírito Áulus diz:
"O pensamento espalha suas próprias emanações em toda parte a que se projeta, deixando vestígios espirituais onde são arremessados os raios da mente(...) e provocam o bem ou o mal naqueles que entram em contato".
Portanto, os fluidos podem ser projetados e a ação constante do pensamento faz com que os ambientes fiquem impregnados das vibrações e ideoplastias resultantes das emissões mentais dos encarnados e desencarnados, constituindo a atmosfera fluídica ou psicosfera do ambiente, guardando relação com o teor do pensamento e emoções que ali predominam. O indivíduo absorve e assimila os fluidos espirituais do ambiente e de outros espíritos, pelos poros perispirísticos, pois são de natureza idêntica. (Ler o livro A Gênese cap. XIV, it. "Qualidade dos fluidos").
Para saber mais sobre as emanações fluídicas nos ambientes e objetos, recomendo também o estudo sobre a psicometria. (Ler aqui um artigo sobre psicometria).

O pensamento é gerado constantemente, então a interação entre os seres ocorre mesmo estando os indivíduos alheios a ela. Ninguém é uma ilha, um ser isolado, cada ato ou pensamento tem uma consequência; mesmo não percebendo o indivíduo dá a sua contribuição, em escala maior ou menor, para a formação da psicosfera a qual está inserido. Cada ser é importante, o pouco de cada um terá reflexo no conjunto, desde o ambiente do lar até todo o planeta. 

Os fluidos se unem em razão da semelhança de sua natureza; os fluidos dissemelhantes se repelem. O indivíduo que cultivar bons pensamentos gerará em torno de si bons fluidos e assim, estará se protegendo da influência negativa pela incompatibilidade entre os bons e maus fluidos. Aqueles que se encontram debilitados física e mentalmente, devem evitar companhias e ambientes desequilibrados, e procurar com habitual frequência, ambientes saturados de fluidos salutares os quais refletirão positivamente em sua saúde, como os templos de oração. (Ler aqui outro post).

Todavia, não se trata apenas do indivíduo preservar sua saúde da influência do meio, mas da sua responsabilidade diante da vida, sabendo que possui a capacidade de gerar distúrbios físicos e psíquicos em todos aqueles que o cercam. O indivíduo, mesmo sem premeditar ou querer efetivamente, pode através de seus pensamentos, imprimir vibrações deletérias no ambiente, que afetarão os outros - em seu lar, local de trabalho, etc. 
Sendo assim, pessoas mais frágeis - crianças, grávidas, enfermos - que coabitam o lar, sofrerão ainda mais o desequilíbrio dos fluidos malsãos; o local de trabalho terá suas atividades prejudicadas.
Somente educando os pensamentos e atitudes através da reforma íntima proposta por Jesus, poderemos levar o bem-estar por onde passarmos.

Neste contexto, podemos refletir sobre a frase do evangelho:
"Não basta não fazer o mal, é necessário fazer o bem".

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A FORÇA DO PENSAMENTO. – A Auto Influência.

O pensamento não é algo que está circunscrito ao indivíduo, ao pensar ele gera algo para além de si; não é algo que ocorre no cérebro, pois ele é produzido pelo espírito. O pensamento é energia criadora que o indivíduo movimenta para além de si mesmo, energia esta que é constantemente gerada e emitida.
“Cada consciência é centro gerador de força no movimento universal, cuja direção depende de si mesma. Pensar é criar(...) Segundo pensarmos, assim será”. André Luiz
"O pensamento é uma emanação coercitiva, isto é, obrigatória; utiliza-se da energia sutil do Universo, onde seu fluxo é determinado pelo impulso criativo do Espírito e sua construção é de responsabilidade deste. Seus elementos e símbolos de ligação são encontrados na consciência e no inconsciente". (Ler aqui o post completo). Então o pensamento é sempre livre e segue a vontade do indivíduo, em conformidade com seu livre-arbítrio, e é algo que ocorre ininterruptamente.
Agora, vejamos Emmanuel no livro Roteiro
Cap.V, pág.28- “A energia mental é o fermento vivo que improvisa, altera, constringe, alarga, assimila, desassimila, integra, pulveriza ou recompõe a matéria em todas as dimensões. Por isso mesmo, somos o que decidimos, possuímos o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a derrota ou a estagnação, conforme imaginamos. Os acontecimentos obedecem às nossas intenções e provocações manifestas ou ocultas. Encontraremos o que merecemos, porque merecemos o que buscamos. A existência, pois, para nós, em qualquer parte, será invariavelmente segundo pensamos”.
Cap.XXV, pág.108“A mente é manancial vivo de energias criadoras”.
A mente gera o impulso capaz de atuar sobre a unidade básica da matéria: o Fluido Cósmico Universal - (FCU). O FCU é a unidade básica da matéria em todas as dimensões do universo, maleável ao pensamento, e este como a força capaz de manipulá-lo, reproduz assim, sua própria vontade.
Para entender um pouco mais sobre o FCU vejamos o Livro dos Médiuns:
Cap.IV, it.74- "O FCU é o próprio elemento universal?              - Sim, é o princípio elementar de todas as coisas.
O FCU é a fonte da vida: seria ao mesmo tempo a fonte da inteligência?  - Não, esse fluido só anima a matéria".
Cap.IV, it.75- "O FCU(...) é o principal agente das manifestações, e que esse agente recebe seu impulso do espírito(...)".
E complementando o entendimento do FCU com o Livro dos Espíritos:
Livro 1º, cap.II, it.27- "Haveria, assim, dois elementos gerais do universo: a matéria e o espírito? Sim, e acima de ambos Deus, o criador(...) Mas, ao elemento material é necessário ajuntar o fluido universal, que exerce o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita(...) é fluido(...) susceptível, em suas inumeráveis combinações com esta, e sob a ação do espírito, de produzir infinita variedade de coisas(...)".
Quando se pensa, a mente emite um impulso energético que provoca agitação no FCU gerando uma ondulação em forma de vibrações, resultando na produção de energia vibratória. Essas ondulações não são idênticas e conforme o tipo de agitação geram-se ondulações variadas no FCU em conformidade com a natureza do pensamento que as gerou. Um pensamento de ódio produzirá no FCU uma onda muito longa, pensamentos de amor produzirão ondas muito curtas. (Ler o livro Mecanismos da Mediunidade de André Luiz, cap. IV).

As vibrações energéticas ou fluidos energéticos produzidos pela mente, devido a ação no FCU, atua sobre o perispírito ou corpo espiritual, e este a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contato molecular. Assim se dá, pois que, tanto o perispírito quanto o corpo físico têm sua origem no FCU; onde o perispírito é uma condensação do FCU em torno de um foco de inteligência, e o corpo físico uma condensação do FCU em matéria tangível. Os dois corpos provêm da mesma matéria, embora sob dois estados diferentes.

O ser humano imprime em seu perispírito (com reflexo no corpo físico) as vibrações pertinentes ao teor de seu pensamento, sendo aquelas o reflexo deste, pois o perispírito é mesmo, emanações vibratórias das zonas do inconsciente; então, bons pensamentos criam fluidos agradáveis e salutares enquanto maus pensamentos criam fluidos desagradáveis e malsãos. Essas criações fluídicas podem ter duração fugaz ou duradoura, de acordo com a persistência na mentalização que as mantêm.

Portanto, alimentar e insistir em pensamentos equivocados e doentios de mágoa, ódio, etc., manterá as vibrações deletérias atuando no perispírito, e estas por sua vez, acabarão por provocar enfermidades físicas e psíquicas. (Ler outro post aqui).

Para aprofundar os estudos sobre natureza e propriedades dos fluidos, indico a leitura do livro A Gênese no cap. XIV; e nos estudos de campos de energia humana, indico a leitura do livro Mãos de Luz de Barbara Ann Brennan. No cap. II, pág. 14, ela diz: 
“(...) nossos pensamentos influem em nossos campos de energia, os quais, por seu turno, influem em nosso corpo e na nossa saúde”. 
Por esta sequência de dados, podemos perceber que para restabelecer a saúde plena, se faz necessário ao enfermo, primeiramente a mudança mental para o bem, para as vibrações salutares, ou seja, interromper o fluxo de vibrações deletérias, cessando assim, o distúrbio em seu campo energético, caso contrário não há como obter a cura real, apenas algum alívio temporário. É necessário combater a origem do problema.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O DESTINO E A MENTE.

Não há nada mais difícil para um ser humano do que mudar seus conceitos, suas convicções. Os conceitos sobre como entende a vida e a vivencia em seu cotidiano; os conceitos sobre as pessoas e os conceitos sobre si mesmo. Mas tudo deve ser aprimorado tal a lei de evolução.

O maior impedimento das mudanças do ser humano é o seu orgulho. Aceitar que se está errado, aceitar que não se tem a verdade exige um alto grau de humildade.

Como promover a mudança, o aprimoramento de um ser onde o orgulho impede o discernimento que leva a aceitar e a fazer o que é correto? Apenas as palavras não serão suficientes, pois o orgulho sempre apresentará um contra-argumento. Assim o indivíduo dará as costas a qualquer tentativa de persuasão. Apenas a vivência das situações é capaz de fazer o ser humano mudar suas convicções mais arraigadas e romper as barreiras do orgulho.
Mas quais situações têm esse poder? Elas devem ser criteriosamente planejadas para obterem êxito.

O planejamento deve levar em consideração primeiramente a lei de amor e justiça de Deus; então somente pode ser realizado por quem entende as Leis divina e com imenso senso de justiça. O planejamento de tais situações deve levar em consideração todo o histórico de vida do indivíduo a ser encaminhado, ou seja, as situações anteriores vividas nas suas diversas encarnações; o ser humano é complexo e exige uma visão ampla para entendê-lo como um todo, apenas os que têm acesso a tais informações estarão aptos. E por fim o planejamento deve levar em conta o que o indivíduo pensa a respeito da vida, de si mesmo e dos seus semelhantes, e dos seus valores morais que o norteiam naquele momento; metas muito ambiciosas não poderão ser cumpridas.
“Deus não dá um fardo maior do que aquele que se possa carregar”.
Jesus.
Deus é amor, e quem ama nada impõe; Ele não violaria o livre-arbítrio que Ele próprio concedeu ao ser. Um planejamento de vida (encarnação) é oferecido ao ser humano para que, ao vivenciar a experiência, adquira maior entendimento sobre as Leis divina. Aceitá-lo é o modo mais eficiente e tranqüilo para a evolução; e podemos reconhecer esse planejamento através de meditações e reflexões sobre a vida, para enfim cumpri-lo.

A percepção de destino como fatalidade é ilógico, melhor seria considerá-lo como um projeto com metas a serem cumpridas, ou objetivos a serem alcançados.

POR QUE NÃO HABITAMOS MUNDOS MAIS EVOLUÍDOS?

A literatura espírita nos apresenta que o planeta Terra é um planeta de provas e expiações, pelas quais a maioria dos seus habitantes devem passar; à exceção daqueles cuja tarefa é missionária, levando o planeta à grande evolução - científica ou moral.
Além dessa visão sobre o planeta, trago uma outra. Vejamos o comentário de Emmanuel no prefácio de E a Vida Continua...:
“Assim é que os planos de vivência para os habitantes do além se personalizam de múltiplos modos (considerando os graus de conhecimento e responsabilidade), e a vida para cada um se especifica, segundo a condição mental em que se coloque”.
Habita-se um mundo onde a capacidade de entendê-lo e entender os seres que o habitam seja possível. Os indivíduos que habitam a Terra formam uma sociedade na qual interagem. Essa sociedade é o reflexo do modo de pensar dos indivíduos de um modo geral. A sociedade somente evolui se a grande maioria dos indivíduos passa a pensar de modo mais evoluído.

Deus não criou apenas o planeta Terra para os seres humanos viverem, Ele criou um universo inteiro. Se os seres humanos não o acessam plenamente, é devido à sua capacidade mental limitada. Não há portas no universo.
Separei alguns trechos de O Livro dos Espíritos:
it.2- “O que se deve entender por infinito?
— Aquilo que não tem começo nem fim: o desconhecido; todo desconhecido é infinito”.

 it.18- “O homem penetrará um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas?
— O véu se ergue para ele na medida em que se depura; mas, para a compreensão de certas coisas, necessita de faculdades que ainda não possui”.

it.76- “Que definição se pode dar dos espíritos?
— Pode dizer-se que os espíritos são os seres inteligentes da criação. Eles povoam o universo, além do mundo material”.

it.87- “Os espíritos ocupam uma região circunscrita e determinada do espaço?
— Os espíritos estão por toda parte; povoam ao infinito os espaços infinitos(...) mas nem todos vão a toda parte, porque há regiões interditas aos menos avançados”.

it.184- “O espírito pode escolher o novo mundo em que vai habitar?
—Nem sempre;(...) Porque os mundos só são acessíveis aos espíritos de acordo com o grau de sua elevação”.
Se o universo é o lar do ser humano, ele terá livre acesso na medida em que evolui, e assim não há infinito. O local mais longínquo é habitado, Deus não cria nada inútil.

Coloco um exemplo para análise: poder-se-ia comparar um ser humano num mundo mais evoluído que a Terra como uma criança brincando num laboratório. A criança se sentiria em um ambiente estranho ao seu, não compreenderia os trabalhos realizados pelos cientistas, e acabaria mesmo por atrapalhá-los. Os cientistas não lhe compartilhariam das brincadeiras, e a criança sem atenção e isolada se sentiria triste até que ela mesma tomaria a atitude de deixar o laboratório buscando outras crianças.
André Luiz em E a Vida Continua..., na pág.57:
“(...) a ideia de que nos situávamos em lugar fora do mundo que sempre conheci, me fazia voltar às dores anginosas que, desde muito tempo, não registrava(...)”; “(...) ao verificar a dureza do material da poltrona de pedra à que fui levada, comecei a tranquilizar-me(...)”
Emmanuel no livro Roteiro, Cap.XXIX, pág.124 traz:
“(...) cada criatura dita civilizada, além do sepulcro, circunscreve-se ao círculo das concepções que, mentalmente, pode abranger. A residência da alma permanece situada no manancial de seus próprios pensamentos”.
O ser humano tem a tendência de se apegar às pessoas, às coisas, aos lugares, aos conceitos da Terra; é mais fácil de entender o que se está acostumado, e a citação de Emmanuel reforça neste sentido. As mudanças exigem grande dispêndio de energia; o novo pode causar medo, insegurança, espanto. Na citação acima, André Luiz mostra uma jovem que ao descobrir do seu desencarne estranha-se com o novo mundo, mas se acalma ao identificar semelhanças com o mundo material no qual vivia. Todos querem habitar um mundo mais evoluído e feliz, mas para compreendê-lo é necessário um grande esforço e conhecimento, pois o ideal é conviver nele desfrutando de toda a sua plenitude, e não apenas viver nele.

Se a Terra é o local onde a compreensão humana alcança, também é o melhor local onde sua inteligência pode ser útil.
Será que seríamos verdadeiramente úteis em mundos mais evoluídos? E não é a sensação de ser útil que traz satisfação?

Há dois modos de se alcançar um mundo mais evoluído. O indivíduo adquirindo conhecimento necessário para habitá-lo, é “atraído” para um novo mundo, deixando o antigo que já não mais favorece a sua evolução mental. Ou, o mundo o qual habita evolui ao mesmo tempo em que ele, e assim permanece interagindo com ele, mas de maneira diferente.
“A quem mais tiver, mais será dado”. Jesus
Aquele que vai cumprindo as metas de evolução, a ele é oferecido novas oportunidades de crescimento e seus talentos são sempre estimulados.
Encerro com uma indagação de Emmanuel do livro Emmanuel, Cap. XXXII, pág.165:
“O gozo reiterado não nos enlaçaria, mais ainda, na trama da carne passageira?”
Quanto mais se apega aos prazeres terrenos, quanto mais se valoriza o que deve ser mudado, mais se retarda a evolução da Terra, a qual tanto se aspira; muito desses prazeres geram disputas e conflitos, e assim o sofrimento se alonga.

Comecemos a enxergar que há muito a ser feito no planeta, e que nós somos capazes de ajudar.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

REFLETINDO SOBRE AS CURAS DE JESUS.

Entender as minúcias dos prodígios do ser mais evoluído que o planeta Terra já abrigou é algo inimaginável para a compreensão humana.
Este assunto gera enorme controvérsia e ainda requer muita pesquisa.
Mas se Deus deu ao ser humano a inteligência, então se pode e se deve analisar os fatos com a lógica e a razão de que possui. Assim, formulo uma questão: se o bem-estar está intimamente ligado à mente, e esta em desequilíbrio gera as doenças, ou predispõe o corpo às enfermidades, como um indivíduo pode curar outro então?

O pensamento é atributo de cada indivíduo, que faz uso de seu livre-arbítrio, sendo por ele responsável; a mudança de pensamento sempre deve vir dele próprio, pois de outra forma seu livre-arbítrio seria violado. A mudança só pode então ser sugerida.
Atentemos a esta frase dita por Jesus quando curou a mulher hemorroíssa:
“A tua fé te salvou”. Jesus
Complemento com duas citações de Joanna De Ângelis em Jesus & O Evangelho, pág.114:
“Arrancando as pústulas em decomposição orgânica, por intermédio da renovação celular, (Jesus) propunha a profunda mudança de atitude mental e moral do paciente, para que os campos vibratórios modeladores da forma mantivessem o ritmo de equilíbrio para a preservação da harmonia dos órgãos”.
“Silenciosa e verbalmente (Jesus) contribuía para que tudo se resolvesse, sem impedir que o paciente ou a vítima oferecesse a sua contribuição de esforço e sacrifício, a fim de crescer e aprender a construir o bem em si mesmo(...)”.
Para proporcionar a cura à outra pessoa parece ser necessário primeiramente encontrar uma pequena mudança mental do enfermo. Jesus usava de Sua psicologia, sempre conduzindo e ensinando o paciente a exercer seu esforço próprio para se equilibrar e se ajudar no processo da cura.
Jesus conseguia provocar a mudança do pensamento desequilibrado do enfermo que gerava a enfermidade. Sua presença irradiando o Seu amor provocava uma confiança, uma alegria, uma paz interior que o fazia elevar o pensamento. Mas o equilíbrio mental é tarefa individual e intransferível.
Seguindo este raciocínio, percebe-se a responsabilidade do indivíduo em tudo o que ocorre na sua própria vida, ainda mais na sua cura. Portanto, a busca pela cura deve ser feita em conjunto com uma mudança mental, propiciada pela reforma íntima moral, debelando assim, a origem da doença.
E ainda nesta frase: “Brilhe a vossa luz”, Jesus mais uma vez mostra que o indivíduo deve assumir a responsabilidade sobre si mesmo.

Prosseguindo com a análise deste difícil tema, analisemos esta citação de O Livro dos Médiuns, Cap. XXIII, it. 250:
Ninguém pode curar um doente que se obstina em conservar o seu mal e nele se compraz”.
A criatura de mente endurecida é deixada (mas não abandonada) até que desperte, e sua boa vontade reúna a força necessária para a busca do conhecimento das Leis divina. E há muita ajuda para que isso aconteça, pois Deus não desampara a ninguém.
Para se obter a cura, muitas vezes é preciso a dor, que é a alavanca para o despertamento. O homem por si só pode não conseguir controlar suas más tendências, é preciso um evento sério, algo que o leve à mudança de hábitos. A dor não é uma regra na vida, é apenas uma conseqüência da vida que se leva.
Muitos passaram por Jesus, e de tão endurecidos não sentiram a sua irradiação. Poderia Jesus tê-los curado? Pode-se curar alguém que não queira ser curado?
Eurípedes Barsanulfo no livro Fitoterapia do Além, cap. V, pág.85, responde à seguinte pergunta:
Cada vez que for tomar uma medicação (fitoterápica) a pessoa potencia a sua ação concentrando-se mentalmente nas forças transformadoras que são a fé e a confiança?
(...)se não se acreditar nele (remédio), sua ação será limitada(...) ele pouco ou nada lhe acudirá, porque as energias(...) que estão dentro dele, (...)(a falta de fé) fazem com que seja neutralizado e expelido todo o potencial”.
A citação acima acentua que no processo da cura, os agentes principais somos nós mesmos.
Para corroborar com esta citação, Emmanuel no livro Palavras do Infinito, cap. XXXIX, g.106, assim comenta sobre as enfermidades do corpo e da alma:
"Aconselharíamos pois à medicina em geral a intensificação dos processos magnéticos de cura, a sugestão e sobretudo a disciplina da mente, força central e controladora dos fenômenos vitais. A mente educada representa a maior fonte de auxílios a 'es medicatrix', elemento regenerador de todas as funções do organismo". 
Muitos porém, mesmo levando uma vida regrada, baseada na fé e oração, ainda assim são acometidos por doenças incuráveis. Para compreender tais situações lembro-me da seguinte frase: "Devemos morrer com saúde", mas a saúde do corpo espiritual, que adquirimos com pensamentos e atitudes saudáveis.

domingo, 8 de abril de 2012

O BENEFÍCIO DE UM TEMPLO DE ORAÇÃO.

Vivemos na atualidade imersos em um mar de informações decorrentes da internet, redes sociais, celulares.
Porém, na sua grande maioria, informações repletas de futilidades, carregadas de sensualismo e que inspiram a agressividade e preconceitos. Quando não são imagens de baixo nível de educação, são imagens perturbadoras de violência, nos levando ao medo, à depressão e ao pessimismo. Assim, ficamos predispostos a perder a fé no ser humano, na sua capacidade de regenerar-se, de ser honesto, de ser solidário, e mesmo de ser capaz de amar incondicionalmente.
Após a esta exposição excessiva, ao final do dia ou da semana, mesmo com o descanso do corpo físico, ainda podemos sentir um cansaço mental.

Então, como processar estas informações e filtrá-las para manter-se um equilíbrio mental, sem perder a fé e as convicções no bem? Para responder a esta questão de como processá-las, preciso é que se responda primeiro onde processá-las, qual o local mais adequado que facilite esta tarefa de buscar a paz interior.

O local que permita o recolhimento interior e que seja apropriado para as reflexões sobre a vida, pode perfeitamente ser o próprio lar.
A vantagem de um templo de oração é sua atmosfera tranquila e serena; há ali uma atmosfera mental sadia. As pessoas que ali vão compartilham do mesmo estado de espírito de pacificidade e solidariedade, que inspira em nós os mais puros sentimentos. E toda atividade que se faz em grupo é mais prazerosa, ainda mais junto a pessoas com os mesmos ideais e sintonia mental.
Aquele que adentra um templo religioso apenas para cumprir formalismos perde a oportunidade de exercitar sua mente na aquisição de valores mais nobres.

O principal é que em nossa meditação, nunca percamos a fé de que Deus está presente em tudo, nos envolvendo em Seu grande amor; nada está fora de Seu controle e proteção.
Jesus está atendo e ativo nessa grande tarefa de levar a humanidade a iluminar-se, tanto em sentimentos quanto em conhecimentos.

domingo, 1 de abril de 2012

O QUE APRISIONA A MENTE? – A Sombra Coletiva.

O ser humano é um ser social e precisa viver em sociedade. Cada sociedade apresenta culturas próprias, tradições, crenças, valores os quais são moldados pelo modo de pensar dominante que vai sendo incorporado em cada novo integrante desta sociedade. O indivíduo é treinado para a autodefesa, a preservação desses valores e crenças, que em muitos deles faltam os preceitos de dignidade, amorosidade e respeito. Em muitos faltam o respeito ao semelhante, aos integrantes mais frágeis da sociedade, aos animais, à natureza.
Vamos refletir mais uma vez com Joanna De Ângelis em, Jesus & O Evangelho:
Pág.52- “O ser humano é o somatório das suas aspirações e necessidades, mas também o resultado de como aplica esses recursos que o podem escravizar ou libertar. A predominância da sombra ou do lado escuro é efeito compreensível da ignorância ou do acumpliciamento com o crime, derivado da preservação dos instintos primários em predominância no seu comportamento”.
Pág.57– “O indivíduo(...) ocultando a sombra mantém-se vinculado aos formalismos, às tradições, às aparências, embora os conflitos sub-reptícios em que agoniza. A necessidade de impor-se, de destacar-se no grupo social anula o discernimento, abrindo campo mental e emocional para fruir gozos e lucros pessoais(...) Resultado de sombra coletiva que se responsabiliza pelos comportamentos doentios dos povos(...), leis arbitrárias e punitivas(...) estabeleceram a relatividade dos valores humanos(...)”.
O grupo social tem grande influência no modo de pensar do indivíduo visto que ele é inundado de informações que o levam a seguir o pensamento coletivo, isso se não tiver a devida atenção e cuidado consigo. Essa influência se processa lentamente no cotidiano do indivíduo e assim, acaba por ser imperceptível.
O pensamento coletivo ignorante, corrompido, tem produzido máximas que se fixam nas mentes dos despreparados, dos ociosos, enfim, dos indivíduos de má vontade. Há infindáveis desses conceitos coletivos, eis alguns:
“Homem que é homem não leva desaforo para casa”.
“Para fazer parte da nossa turma tem que agir desse modo”.
“Homem que é homem tem que beber”.
“O mundo é dos espertos; todos fazem então também faço”.
"A honra deve ser lavada com sangue".
"O que é que tem isso? Hoje em dia é normal agir assim".
"Não gosto dessa gente (país), quero mais que eles sofram".

A influência está, na maioria das vezes, no grupo de convivência mais próximo - no seio familiar ou no grupo de amigos íntimos. Pessoas essas nas quais se confia e busca-se espelhar. Muitas vezes "herdamos" dos pais seus vícios, seus ódios e preconceitos, suas atitudes reprováveis; passa-se a odiar uma pessoa apenas por se tratar de um desafeto dos pais.
Emmanuel. Seara dos Médiuns, pág.168:
“(...) em toda a parte, vemos pessoas que ainda não aprenderam a raciocinar por si mesmas, reclamando ideias àqueles que as dirigem(...)”.
O grande perigo que Emmanuel alerta é quando a sombra coletiva se transforma em sombra individual e é incorporada ao modo de pensar do indivíduo que a aceita como verdade devido à sua ignorância e a falta de reflexão, e assim, ele passa a agir segundo sua orientação, mas também passará a sofrer todas as conseqüências decorrentes dela.
O indivíduo sempre procura mudar a sua rotina mas, quanto aos seus valores, muitos de tão arraigados, nem se cogita em refletir sobre eles - se são corretos ou equivocados.
Diversos interesses trazem à sociedade novos conceitos, criando ideias "modernas" e para isso é preciso impor uma nova moral. Quando não se sabe as implicações que o novo pode causar na vida, melhor é agir com prudência; não se deve "comprar" uma ideia a primeira vista. O indivíduo deve sempre usar a inteligência e o discernimento para avaliar o que há por trás das ideias que surgem a cada instante no seu convívio.
De novo vale a advertência postulada por Jesus: "Vigiai e orai".
Joanna De Ângelis. Jesus & O Evangelho, pág.142:
“Por instinto de conservação da vida, apega-se aos recursos que lhe passam pelo caminho: afetivos, emocionais, materiais e, sem as reservas morais suficientes submete-se-lhes, escravizando-se(...)”.
Para aqueles verdadeiramente embasados no evangelho de Jesus (aponto-o por ser o que conheço e estudo) dificilmente tais ideias e conceitos doentios se estabelecerão em suas mentes.

segunda-feira, 26 de março de 2012

O QUE APRISIONA A MENTE?

Começo o assunto com esta outra frase de Jesus:
“Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado”. Jesus
Ainda no livro Jesus & O Evangelho de Joanna De Ângelis, encontramos na pág.102:
“A vingança é atraso moral do espírito, que permanece em primarismo; o perdão exalça (exalta) o indivíduo. A primeira leva-o a futuros conflitos e ata aquele que a cultiva a quem detesta; o segundo liberta do agressor e lenifica os sentimentos que restauram a alegria de viver”. 
O ódio, a vingança, a mágoa, a revolta, e todos os demais sentimentos em desequilíbrio restringem a visão, paralisando a boa vontade. O trecho acima aponta tal fato, pois quanto mais se odeia uma pessoa, mais se pensa nela, mais se pensa em engendrar maneiras de feri-la; o ser odioso acaba por perder sua condição humana e passa a ser visto apenas como algo a ser destruído. Ocorre o mesmo quando se revolta com uma situação, mais se pensa em contestá-la do que em saná-la.

O vício das drogas, das substâncias químicas (álcool, cigarro, medicamentos controlados), o vício da maldade, o vício do sexo desregrado, enfim, os vícios de quaisquer naturezas inibem o discernimento. Uma vez instalado o vício, o indivíduo perde o bom senso do que esse vício possa causar de ruim, para si e para os outros; seu pensamento está voltado apenas em alimentá-lo, mesmo em prejuízo das pessoas que ama.
Pensemos numa situação: quem se encontra mais cativo, um cadeirante convivendo em harmonia na sociedade, trabalhando naquilo que pode e lhe dá prazer, ou um dependente químico em seu físico perfeito? O poder da mente é maior do que a força do corpo físico, e é por isso que a ela deve ser dispensado o maior cuidado e atenção.

Devemos atentar para outro tipo de vício, o vício do poder. Para alimentar a vaidade, a egolatria, tal indivíduo vive em função de subjugar o outro através da força física ou impondo suas idéias. Ao se concentrar incessantemente nas estratégias de dominação acaba por esquecer-se de si próprio, esquece-se de pensar em construir sua própria felicidade. Vive em constante tensão pelo medo de perder o comando sobre seus subjugados que podem lhe sair do controle a qualquer instante.

Os sentimentos desequilibrados, os vícios, a vaidade, todos fazem com que a mente se fixe a uma pessoa ou a algo, ao ponto do indivíduo não conseguir pensar e fazer mais nada. A mente se prende a uma idéia central impossibilitando-o de seguir rumo ao progresso, construindo a sua própria evolução. A evolução é construída com o amor, que necessita de boa vontade, mas esse apego mental a anula.
Um indivíduo revoltado, com ódio ou com vícios, ao desencarnar continua apresentando os mesmos sentimentos de quando estava encarnado. Se possuía uma idéia fixa quando encarnado ao desencarnar possuirá a mesma idéia em sua mente; se era alcoólatra quando encarnado continuará sendo quando espírito desencarnado, pois o vício permanecerá em sua mente. Se odiava alguém quando vivo levará consigo este sentimento quando "morto", pois a morte não modifica o ser humano, é apenas o desligamento do espírito do corpo material. E a prisão continua.
Ninguém perde sua individualidade, o ser humano agirá segundo a sua consciência em todas as dimensões da vida.

Também toda forma de apego é escravizante. O apego aos bens materiais é danoso à mente do indivíduo visto que será forçado a deixá-los quando de sua desencarnação; até mesmo seu corpo físico. O indivíduo vive conforme pensa, tanto no mundo material como no espiritual, a diferença está apenas no meio onde vive. Esse apego transforma-se num tormento, pois no mundo espiritual não há bens materiais, obviamente. O indivíduo passa a viver então num mundo o qual não se adapta, pois sua mente se prende a bens que não são mais possíveis de se obter, de desfrutar; ele não pode mais conviver no mundo material e acaba não convivendo em paz no mundo espiritual.

O problema dos vícios, do apego exagerado às coisas que se possui e dos locais que se frequenta é que no momento da morte, todos eles não poderão fazer parte da nova vida, eles pertencem ao mundo material, então não se deve dar a eles mais importância do que eles merecem. O ser humano está apenas de passagem pelo mundo corpóreo.

Muitos dizem: "quando eu estiver do lado de lá eu dou um jeito", esta negligência consigo e despreparo mental pode converter-se em grande sofrimento.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O QUE LIBERTA A MENTE? – A Oração.

Analisemos essas duas citações de Joanna De Ângelis em Jesus & O Evangelho:
Pág.53- “Através da oração identifica-se com outras ondas psíquicas e impregna-se de energias saturadoras de paz, bem como enriquecedoras de alegria de viver e de crescer no rumo da plenitude”.
Pág.220- “Porque nem sempre as criaturas soubessem como manter a vinculação com as fontes da vida, (Jesus) sugeriu a oração, que se constitui numa ponte vibratória de fácil construção por todo aquele que deseje realmente vitória sobre os sofrimentos e anelem pelo bem estar pleno. A oração é emanação do pensamento bem direcionado e rico de conteúdos vibratórios que se expande até sincronizar com as ondas equivalentes,(...) dilui as energias deletérias como renova as forças morais do ser, que alteram as paisagens mentais, emocionais e orgânicas”.
Podemos entender que aquele que direciona seu pensamento para a oração alcança um estado de paz e equilíbrio mental, se libertando de pensamentos em desequilíbrio e que estejam a lhe causar tristeza e depressão.
Portanto, a oração é um recurso essencial para direcionar o pensamento a algo ou a alguém com maior propriedade, ou ainda para desvencilhar de um pensamento inoportuno, sobretudo para as mentes vacilantes e indisciplinadas dos seres humanos. Sendo assim, a mente que ora está mais livre para ir de um pensamento nocivo a outro saudável, ainda que por breves instantes, mas já houve a ruptura com o pensamento danoso. Com a prática da oração cria-se o hábito de pensamentos equilibrados.
O ser humano está exposto a muitas informações durante a sua rotina de compromissos - no seu ambiente de trabalho, no convívio com familiares e amigos. Não é difícil então, que algumas delas possam desestabilizá-lo mentalmente, e a oração passa a ser instrumento fundamental a lhe manter o autocontrole e bem estar.

Em outro post foi dito que o amor é atributo de todo ser humano e, portanto, ele é capaz de amar a quem desejar; o que pode ser uma tarefa difícil se tratando de um inimigo. A oração facilita esta intenção e assim, pode-se cumprir o convite de Jesus:
“Amai o vosso inimigo”. Jesus
Quando se ora por alguém, cria-se um vínculo afetivo, de respeito; de alguma maneira torna-se agente de seu bem estar, e se em um momento souber que ele sofreu algum mal se acaba mesmo por sentir compaixão por ele. O exercício de orar, visualizando o desafeto de uma maneira caridosa, bloqueia o sentimento de revolta e vingança, pois a consciência não permitirá que se faça mal a ele.
A oração permite libertar-se do sentimento de ódio, transformando-o em sentimento de, no mínimo, respeito. Libertar-se do ódio é conquistar a paz.

Waldo Vieira. Projeções da Consciência, pág.84:
“O agradecimento à Deus, qual acontecera em oportunidades semelhantes anteriores, conteve a euforia contraproducente, trazendo de volta o equilíbrio, a autocrítica e a serenidade mental”.
Neste trecho, Waldo Vieira narra que experimentou uma euforia descabida em um dos seus desdobramentos e buscou na oração o equilíbrio mental que havia perdido.
Podemos aplicar esse exemplo em nosso cotidiano sempre que necessário.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O QUE LIBERTA A MENTE?

Começamos esse assunto com a frase:
Conheça a verdade, e a verdade vos libertará”. Jesus
O conhecimento da verdade liberta a mente. Podemos dizer que a verdade é o conhecimento correto sobre tudo o que há no universo. Então, a verdade promove a autoconfiança no indivíduo, ele vive com mais segurança e tranqüilidade, com coragem para a execução de suas atividades e para adquirir conhecimentos novos, mais complexos, ou seja, caminhar rumo à evolução. Caminha-se com mais segurança pelo caminho que se conhece, sem a necessidade de um guia.
O Livro dos Médiuns, Cap. IV, it. 88 :
“As coisas mais simples tornam-se assustadoras quando ignoramos as causas”.
A verdade absoluta é reservada somente a Deus. Então é necessário ter fé em Deus, pois sendo a inteligência suprema do universo, nada à Ele é desconhecido; enxerga as situações no seu todo onde os seres humanos podem enxergá-las apenas de forma parcial. A fé é um sentimento de confiança, permite que coisas inexplicáveis fiquem por um tempo quietas, sem perturbar a mente pelo anseio às respostas incompreensíveis. Com fé, a mente fica liberada para pensar e se concentrar naquilo que se compreende e que é relevante naquele momento, até que as respostas sejam reveladas aos poucos de acordo com a capacidade intelectual. Fé e confiança em Deus libertam o homem da revolta, por ele não enxergar o que realmente está por detrás das tragédias que se abatem sobre ele e seus entes amados; dizer a frase - "Por que comigo?" - já denota que não se conhece tudo, mas um dia a verdade será revelada.

O homem vive e convive na Terra junto a seus afazeres, mas no seu íntimo ele procura respostas - a razão de tudo. E pelo fato dos homens não conhecerem a verdade como um todo, é necessário prudência ao se defrontar com aqueles que se dizem conhecê-la. Principalmente em relação à assuntos complexos como o aborto, a pena de morte ou a eutanásia; ou aqueles que dizem conhecer a vontade de Deus. Na dúvida, sigamos Jesus, aquele que ensina pelo exemplo e pelas obras.

De acordo com O Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo XIX (A Fé Transporta Montanhas) - as respostas, são as verdades espirituais fundamentais, e elas são adquiridas e compreendidas pelo uso da razão. O que ele chama de: “fé raciocinada”, necessitando da inteligência para desenvolvê-la, pois ela se apóia nos fatos e na lógica. As verdades serão aceitas após criterioso exame das informações, fonte da expansão da capacidade mental do indivíduo. Não podemos enganar a consciência, caso contrário nasce a dúvida, e com ela nasce o medo, levando a pensamentos obscuros que inibem a vontade e retardam o progresso.
Mente sã, corpo (espiritual) são”.
Também o perdão liberta a mente, liberando as idéias fixas, os sentimentos em desequilíbrio que se repetem. Aquele que perdoa, e se perdoa, consegue ser livre para pensar sobre a sua própria vida e no que realmente tem relevância, traçando novos objetivos rumo ao seu progresso, pois está em paz com sua consciência, o que lhe dá serenidade e tranqüilidade.

É preciso a mente livre para ter liberdade, daí a necessidade de trabalhar o desapego. Desapego das coisas materiais, e principalmente desapego das coisas usuais, pois com a morte do corpo físico tudo deverá ser deixado. Desapego (não descaso e indiferença) das pessoas, amigas e inimigas. Desapego das situações agradáveis (desde que elas tragam um sentimento de nostalgia) e embaraçosas do passado.
No livro de André Luiz, E a Vida Continua... ,Emmanuel escreve:
“A aflição nos leva a novas interpretações, sobre a vida e a morte”. Emmanuel
Perdão, desapego, amor, são sentimentos difíceis de alcançar para aquele que escolhe e se habitua às informações equivocadas. E é onde se encontra a grande maioria dos seres humanos. Esse é o papel da dor - seja ela emocional ou física (doença) - de mudar a visão restrita sobre as coisas (pessoas ou acontecimentos), de mudar as idéias pré-concebidas, como mostra a citação acima de Emmanuel. A dor liberta a mente das idéias fixas e conceitos errados, forçando-a a escolher as informações corretas, ou seja, levando-a ao conhecimento da verdade. Nesse sentido ela é fundamental para o equilíbrio da mente daqueles que não conseguem perceber a realidade à sua volta.

Aquele que sempre pensa e age corretamente, ou seja, aquele que consegue viver em conformidade com as Leis divina, não precisará mais de situações que lhe causem dor e sofrimento, e sua evolução se fará na paz e na tranquilidade.

terça-feira, 13 de março de 2012

DO QUE A MENTE SE ALIMENTA? – A Influência Externa.

Na significativa frase: 
Vigiai e orai”. Jesus
Jesus adverte para cuidar com muita atenção e carinho das informações que se absorve e passam a fazer parte do modo de pensar e agir do indivíduo. Isso devido aos indivíduos ainda possuírem uma mente dispersiva, facilmente arrastada e manipulável. O ser humano, por não possuir o conhecimento abrangente das situações e informações como um todo (sejam elas religiosas, espirituais, científicas, políticas, ou ligadas ao círculo de convívio) está exposto ao erro, ao falso juízo e ao desvio do caminho correto de proceder.
Jesus fala do cuidado que se deve ter com a própria vida sob o respaldo da oração, pois o livre-arbítrio pede responsabilidade e atenção constante

Busquemos a vida de Jesus:
Jesus viveu para deixar o exemplo, não apenas palavras bonitas e bem colocadas. Seus seguidores foram convidados e fizeram a escolha de segui-lo; poucos pessoalmente, muitos por suas idéias, e principalmente pelo modo como Ele agia e vivia. E Seu exemplo de vida, de amor e humildade foi de tamanha relevância que é seguido e perdura até os dias atuais, independentemente de religião. Mas muitos dos que foram convidados fizeram, e muitos ainda fazem, a escolha de ignorá-lo.
Ao criar-se um mau hábito e permanecer nele por anos, talvez milênios, é sempre um processo difícil e penoso para corrigi-lo. As informações equivocadas que se adquire contribuem para isso. A vontade de corrigi-lo vem dos transtornos que o mau hábito causa, na forma de doenças, desentendimentos.

Há informações que de tão inovadoras, preciosas, complicadas para a compreensão que somente o ser que as vive e as compreende em seu mais alto grau é capaz de explicá-las e exemplificá-las.
Em se tratando do amor incondicional, apenas Jesus poderia exemplificá-lo; e foi isso que Ele fez ao habitar o nosso planeta, se tornando o maior exemplo a ser seguido. Jesus pôde ensinar a moral, a ética, o amor aos inimigos, porque é a maneira como Ele vive, daí a coerência, daí fazer todo o sentido. Ensinou verdades eternas, sim; mas nem tudo Ele pôde ensinar, não haveria quem o compreendesse. Há infinitas informações que se devem conhecer.

Mas como reconhecer se uma informação é correta, de acordo com as Leis divina, ou danosa para o equilíbrio mental e emocional? O que ler? A quem ouvir ou seguir? O que tem relevância? 

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Reconhece-se o cristão pelas suas obras, Cap. XVIII, it. 16:
"(...) Procurai os verdadeiros cristãos, que os reconhecereis pelas suas obras. A boa árvore não pode dar maus frutos, nem a árvore má dá-los bons(...) “Não se colhem uvas dos espinheiros”(...) afastai-vos daqueles que vos atraem para vos atirar aos espinheiros do caminho, e segui os que vos conduzam à sombra da árvore da vida". Simeão
Aqui se vê uma orientação de Jesus, indicando a maneira segura para a busca da informação correta; sempre mantendo o senso crítico e a observação acurada. Deve-se ler, ouvir e dar importância a tudo que tenha um fim digno; deve-se analisar a atitude, a ação de quem é o foco da análise, pois esta não há como ser fraudada. A atitude revela a intenção por trás das palavras. Mas o que considerar como algo digno? - tudo aquilo que não prejudicar o próximo e a si próprio. Somente com a evolução desenvolve-se a percepção do que é ou não prejudicial.
O espiritismo, a meu ver, contribui como fonte de informações corretas e salutares, porém, é preciso uma postura ativa na busca do conhecimento e não esperar para ser conduzido passivamente, e principalmente não endeusar ninguém. A inteligência é um atributo de todo ser humano e deve ser sempre estimulada.

Emmanuel. Roteiro, Cap. XXXV, pág.149: 
“Devemos ajudar a todos, mas precisamos selecionar os ingredientes de nossa alimentação mais íntima(...) não podemos menosprezar o nosso irmão que se arrojou aos despenhadeiros do crime,(...) todavia, não podemos absorver-lhes as amarguras e os remorsos,(...) Visitaremos o enfermo,(...) contudo, não será aconselhável adquirir-lhe as sensações desequilibrantes (...)”.
Emmanuel neste trecho mostra que não se deve omitir a ajuda a quem necessita, mas mantendo sempre o autocontrole, o equilíbrio emocional e as convicções no bem. Para isso é necessário o conhecimento de si mesmo, evitando ser influenciado negativamente por aquele a quem se está auxiliando.

Aqueles que não sabem como bem proceder na sociedade podem ser chamados de ignorantes. Só há uma maneira de tornar a sociedade ordeira - levando aos seus membros informações onde cada um adquira responsabilidade por seus atos.