terça-feira, 13 de março de 2012

DO QUE A MENTE SE ALIMENTA? – A Influência Externa.

Na significativa frase: 
Vigiai e orai”. Jesus
Jesus adverte para cuidar com muita atenção e carinho das informações que se absorve e passam a fazer parte do modo de pensar e agir do indivíduo. Isso devido aos indivíduos ainda possuírem uma mente dispersiva, facilmente arrastada e manipulável. O ser humano, por não possuir o conhecimento abrangente das situações e informações como um todo (sejam elas religiosas, espirituais, científicas, políticas, ou ligadas ao círculo de convívio) está exposto ao erro, ao falso juízo e ao desvio do caminho correto de proceder.
Jesus fala do cuidado que se deve ter com a própria vida sob o respaldo da oração, pois o livre-arbítrio pede responsabilidade e atenção constante

Busquemos a vida de Jesus:
Jesus viveu para deixar o exemplo, não apenas palavras bonitas e bem colocadas. Seus seguidores foram convidados e fizeram a escolha de segui-lo; poucos pessoalmente, muitos por suas idéias, e principalmente pelo modo como Ele agia e vivia. E Seu exemplo de vida, de amor e humildade foi de tamanha relevância que é seguido e perdura até os dias atuais, independentemente de religião. Mas muitos dos que foram convidados fizeram, e muitos ainda fazem, a escolha de ignorá-lo.
Ao criar-se um mau hábito e permanecer nele por anos, talvez milênios, é sempre um processo difícil e penoso para corrigi-lo. As informações equivocadas que se adquire contribuem para isso. A vontade de corrigi-lo vem dos transtornos que o mau hábito causa, na forma de doenças, desentendimentos.

Há informações que de tão inovadoras, preciosas, complicadas para a compreensão que somente o ser que as vive e as compreende em seu mais alto grau é capaz de explicá-las e exemplificá-las.
Em se tratando do amor incondicional, apenas Jesus poderia exemplificá-lo; e foi isso que Ele fez ao habitar o nosso planeta, se tornando o maior exemplo a ser seguido. Jesus pôde ensinar a moral, a ética, o amor aos inimigos, porque é a maneira como Ele vive, daí a coerência, daí fazer todo o sentido. Ensinou verdades eternas, sim; mas nem tudo Ele pôde ensinar, não haveria quem o compreendesse. Há infinitas informações que se devem conhecer.

Mas como reconhecer se uma informação é correta, de acordo com as Leis divina, ou danosa para o equilíbrio mental e emocional? O que ler? A quem ouvir ou seguir? O que tem relevância? 

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Reconhece-se o cristão pelas suas obras, Cap. XVIII, it. 16:
"(...) Procurai os verdadeiros cristãos, que os reconhecereis pelas suas obras. A boa árvore não pode dar maus frutos, nem a árvore má dá-los bons(...) “Não se colhem uvas dos espinheiros”(...) afastai-vos daqueles que vos atraem para vos atirar aos espinheiros do caminho, e segui os que vos conduzam à sombra da árvore da vida". Simeão
Aqui se vê uma orientação de Jesus, indicando a maneira segura para a busca da informação correta; sempre mantendo o senso crítico e a observação acurada. Deve-se ler, ouvir e dar importância a tudo que tenha um fim digno; deve-se analisar a atitude, a ação de quem é o foco da análise, pois esta não há como ser fraudada. A atitude revela a intenção por trás das palavras. Mas o que considerar como algo digno? - tudo aquilo que não prejudicar o próximo e a si próprio. Somente com a evolução desenvolve-se a percepção do que é ou não prejudicial.
O espiritismo, a meu ver, contribui como fonte de informações corretas e salutares, porém, é preciso uma postura ativa na busca do conhecimento e não esperar para ser conduzido passivamente, e principalmente não endeusar ninguém. A inteligência é um atributo de todo ser humano e deve ser sempre estimulada.

Emmanuel. Roteiro, Cap. XXXV, pág.149: 
“Devemos ajudar a todos, mas precisamos selecionar os ingredientes de nossa alimentação mais íntima(...) não podemos menosprezar o nosso irmão que se arrojou aos despenhadeiros do crime,(...) todavia, não podemos absorver-lhes as amarguras e os remorsos,(...) Visitaremos o enfermo,(...) contudo, não será aconselhável adquirir-lhe as sensações desequilibrantes (...)”.
Emmanuel neste trecho mostra que não se deve omitir a ajuda a quem necessita, mas mantendo sempre o autocontrole, o equilíbrio emocional e as convicções no bem. Para isso é necessário o conhecimento de si mesmo, evitando ser influenciado negativamente por aquele a quem se está auxiliando.

Aqueles que não sabem como bem proceder na sociedade podem ser chamados de ignorantes. Só há uma maneira de tornar a sociedade ordeira - levando aos seus membros informações onde cada um adquira responsabilidade por seus atos.

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