segunda-feira, 26 de março de 2012

O QUE APRISIONA A MENTE?

Começo o assunto com esta outra frase de Jesus:
“Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado”. Jesus
Ainda no livro Jesus & O Evangelho de Joanna De Ângelis, encontramos na pág.102:
“A vingança é atraso moral do espírito, que permanece em primarismo; o perdão exalça (exalta) o indivíduo. A primeira leva-o a futuros conflitos e ata aquele que a cultiva a quem detesta; o segundo liberta do agressor e lenifica os sentimentos que restauram a alegria de viver”. 
O ódio, a vingança, a mágoa, a revolta, e todos os demais sentimentos em desequilíbrio restringem a visão, paralisando a boa vontade. O trecho acima aponta tal fato, pois quanto mais se odeia uma pessoa, mais se pensa nela, mais se pensa em engendrar maneiras de feri-la; o ser odioso acaba por perder sua condição humana e passa a ser visto apenas como algo a ser destruído. Ocorre o mesmo quando se revolta com uma situação, mais se pensa em contestá-la do que em saná-la.

O vício das drogas, das substâncias químicas (álcool, cigarro, medicamentos controlados), o vício da maldade, o vício do sexo desregrado, enfim, os vícios de quaisquer naturezas inibem o discernimento. Uma vez instalado o vício, o indivíduo perde o bom senso do que esse vício possa causar de ruim, para si e para os outros; seu pensamento está voltado apenas em alimentá-lo, mesmo em prejuízo das pessoas que ama.
Pensemos numa situação: quem se encontra mais cativo, um cadeirante convivendo em harmonia na sociedade, trabalhando naquilo que pode e lhe dá prazer, ou um dependente químico em seu físico perfeito? O poder da mente é maior do que a força do corpo físico, e é por isso que a ela deve ser dispensado o maior cuidado e atenção.

Devemos atentar para outro tipo de vício, o vício do poder. Para alimentar a vaidade, a egolatria, tal indivíduo vive em função de subjugar o outro através da força física ou impondo suas idéias. Ao se concentrar incessantemente nas estratégias de dominação acaba por esquecer-se de si próprio, esquece-se de pensar em construir sua própria felicidade. Vive em constante tensão pelo medo de perder o comando sobre seus subjugados que podem lhe sair do controle a qualquer instante.

Os sentimentos desequilibrados, os vícios, a vaidade, todos fazem com que a mente se fixe a uma pessoa ou a algo, ao ponto do indivíduo não conseguir pensar e fazer mais nada. A mente se prende a uma idéia central impossibilitando-o de seguir rumo ao progresso, construindo a sua própria evolução. A evolução é construída com o amor, que necessita de boa vontade, mas esse apego mental a anula.
Um indivíduo revoltado, com ódio ou com vícios, ao desencarnar continua apresentando os mesmos sentimentos de quando estava encarnado. Se possuía uma idéia fixa quando encarnado ao desencarnar possuirá a mesma idéia em sua mente; se era alcoólatra quando encarnado continuará sendo quando espírito desencarnado, pois o vício permanecerá em sua mente. Se odiava alguém quando vivo levará consigo este sentimento quando "morto", pois a morte não modifica o ser humano, é apenas o desligamento do espírito do corpo material. E a prisão continua.
Ninguém perde sua individualidade, o ser humano agirá segundo a sua consciência em todas as dimensões da vida.

Também toda forma de apego é escravizante. O apego aos bens materiais é danoso à mente do indivíduo visto que será forçado a deixá-los quando de sua desencarnação; até mesmo seu corpo físico. O indivíduo vive conforme pensa, tanto no mundo material como no espiritual, a diferença está apenas no meio onde vive. Esse apego transforma-se num tormento, pois no mundo espiritual não há bens materiais, obviamente. O indivíduo passa a viver então num mundo o qual não se adapta, pois sua mente se prende a bens que não são mais possíveis de se obter, de desfrutar; ele não pode mais conviver no mundo material e acaba não convivendo em paz no mundo espiritual.

O problema dos vícios, do apego exagerado às coisas que se possui e dos locais que se frequenta é que no momento da morte, todos eles não poderão fazer parte da nova vida, eles pertencem ao mundo material, então não se deve dar a eles mais importância do que eles merecem. O ser humano está apenas de passagem pelo mundo corpóreo.

Muitos dizem: "quando eu estiver do lado de lá eu dou um jeito", esta negligência consigo e despreparo mental pode converter-se em grande sofrimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário