quarta-feira, 17 de abril de 2013

A FORÇA DO PENSAMENTO. – As Criações Mentais.

Neste post tratarei de algumas citações que mostram a capacidade de criação que o pensamento pode conceber, reforçando-nos a visão de que a educação mental deve ser prioridade na vida humana.

A criação mental vem revelar a intimidade da alma humana, expondo suas reais intenções, suas inclinações morais, suas preferências, seus medos, suas alegrias, enfim, expõe toda a verdade do ser. É a exteriorização do seu estágio evolutivo, suas conquistas intelectuais, morais e sentimentais. Essa expressão se manifesta mais ampla e nítida no mundo espiritual, sem os impedimentos da matéria densa do mundo físico.

No mundo físico (corpóreo) a expressão verdadeira da alma é menos nítida ao observador, mas no mundo espiritual a alma expressa seus valores com uma nitidez que não deixa enganos de quem o indivíduo realmente é, e o desequilibrado, o criminoso, ou aquele que traz a alma cheia de chagas morais, envolto na vergonha de si, busca na escuridão o alívio do constrangimento.
"Quem anda com a verdade não tem medo da luz". Jesus
Em seu livro Roteiro, Emmanuel faz esta colocação:
“Precisamos compreender que os nossos pensamentos são forças, imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no campo espiritual”.
Como foi dito em outro post, o FCU é a unidade básica da matéria em todas as dimensões, maleável ao pensamento; o pensamento é a força capaz de manipulá-lo e assim sendo, o ser é capaz de reproduzir sua própria vontade. O espírito pode dar a si uma aparência agressiva se sua intenção é a de amedrontar - e isto reflete o que ele traz em sua personalidade, em sua alma. Ele pode assumir uma aparência de outra existência, se identifica-se mais com ela, pode dar a si uma deficiência se traz na consciência uma culpa ou remorso, ou ainda, seu desequilíbrio mental pode impingir-lhe uma dor acreditando ser ele possuidor de um corpo físico. E sim, ele pode criar objetos. 

Para ilustrar o texto acima, encontramos em O Livro dos Médiuns a seguinte passagem:
“Quanto aos espíritos inferiores, estão ainda completamente impregnados de fluidos terrenos, portanto são materiais,(...) Por isso sofrem fome, frio,(...) Sofrimentos que não podem atingir os espíritos superiores, visto que os fluidos terrenos já foram depurados no seu pensamento, quer dizer, na sua alma”.
Essa citação revela que a mente ainda apegada à vida corpórea (a vida física) leva o indivíduo a viver como se ainda ele possuísse um corpo material, impondo a ele as sensações corporais; porque lhe agrada esse aspecto da vida, mesmo com seus sofrimentos. É a dádiva do livre-arbítrio. Para livrar-se desses impedimentos, não resta a ele senão a autoeducação. Os espíritos de mentalidade elevada anseiam por sensações mais sublimadas focando sua vivência em perspectivas mais nobres. A educação mais avançada já depurou seus pensamentos livrando-os das impressões corporais. É a dádiva da evolução.

Mas a mente apegada à vida corpórea não é apenas fruto de egoísmo exacerbado, de vaidade doentia, e sim, na maioria das vezes, do desconhecimento da criação de Deus. Não se pode conhecer a obra de Deus sem compreender também as leis que regem o mundo espiritual, mundo este que o ser humano viverá a maior parte de sua existência.
Vejamos mais em outra citação do livro E a Vida Continua... de André Luiz, onde temos na pág.41:
“A mentalização inconveniente após o desencarne, levou a enferma a sofrer os sintomas do corpo físico”.
Este trecho do livro trata da situação de uma jovem que não havia percebido o seu desencarne, mas que no momento mesmo que compreendeu seu estado atual de espírito, a primeira reação foi de pânico, de ansiedade, pois, em sua mente ainda se via como possuidora daquele corpo físico doente, e a dor foi a manifestação do seu pensamento condicionado à vida física. Na sequência da cena, o livro narra que a jovem ao sentar-se em um banco, e sentindo que ali havia algo "palpável", ela então pôde se acalmar e livrar-se daquela dor. Entende-se que a presença de algo que lembre a vida corpórea, é para o espírito a garantia que ele ainda vive, dando-lhe estabilidade emocional.
Ainda sobre o livro, vê-se que a jovem era uma pessoa normal, que levava uma vida sem desregramentos, e mesmo assim desequilibrou-se facilmente devido a falta de conhecimento do mundo espiritual. Realmente é o conhecimento que nos liberta.

A título de ilustração temos no livro Projeções da Consciência de Waldo Vieira um trecho onde ele narra uma conversa, em um de seus desdobramentos, com um espírito que o assistia, visto na pág.130:
“— Há uma diferença entre as coisas físicas e as criações da sua mente. Assim, este saco de brinquedos é uma criação mental.
E surgiu um saco parecendo recheado de brinquedos, perto de minha mão direita, igual a esses usados pelo Papai Noel nas festas natalinas.
— É só pegá-lo e atirar longe. Se quiser pode ser feito o ruído do impacto no chão, mas tudo isso representa uma criação da mente”.
Em toda a literatura espírita encontram-se passagens dessa natureza, as mais inusitadas, e todas indicando para o caminho da educação mental. E a educação mental depende necessariamente da vivência atrelada ao sentimento do amor.

E porque o sentimento do amor é tão importante? Por que é ele o sentimento que imprime a vontade firme, a determinação para direcionar e sustentar a criação mental, ou seja, o próprio pensamento. Compreende-se mais o que quero demonstrar lendo-se este post.

E para quê um pensamento firme, bem direcionado? Qual seu benefício? É o que deixa o ser imune às influências perniciosas que o levam ao desequilíbrio, desviando-o do objetivo que ele traçou a si mesmo. Ainda, é a proteção contra o desânimo que paralisa o livre-arbítrio. O ser inativo não desfruta da liberdade e da paz da consciência.

No mundo espiritual os recursos são ilimitados (ver outro post aqui), onde tudo o que se pensa pode ser criado, da maneira como se pensou. É o ambiente onde o ser desfruta da plena liberdade, o livre-arbítrio pode ser plenamente vivido. Não há barreiras para onde se deseja ir, sendo que o único impedimento é a condição mental de cada um, que será superada através da evolução. Com a evolução o ser fortalece a vontade, o bom ânimo; e o fortalecimento da vontade passa pelo trabalho árduo da vida física. E como se ter liberdade sem o controle pleno da vontade?
Eis a importância do desapego das coisas materiais e terrenas. O apego, ou a prioridade dada a elas, faz o ser criar em torno de si toda a limitação que o planeta é capaz de oferecer. O indivíduo não fica preso ao planeta, mas tem sua vida restringida, ou melhor, limitada ao estilo que a sua mentalidade mais se adapta e compreende. O complemento desta ideia está neste post.

Seguindo adiante no entendimento do alcance do pensamento, ainda no livro E a Vida Continua..., tem-se uma passagem onde André Luiz em uma conversa com um instrutor espiritual, este lhe apresenta o conceito de "gênios polimorfos", como segue na pág.72:
“(...) se nos achamos num plano espiritual, que dizer das construções sólidas?(...) – Os edifícios no mundo dos homens nascem do pensamento que os esculpe e da matéria que obedece aos projetos elaborados. Aqui (mundo espiritual) verificamos o mesmo processo, diferindo apenas as condições da matéria, que se evidencia mais intensivamente maleável à influência da ideia(...) Somos criaturas em evolução, sem havermos atingido ainda a posição dos gênios polimorfos(...)”.
Para poder entender este termo recorro a uma passagem de outro livro que narra acontecimentos ocorridos em uma guerra travada no mundo físico. Enquanto a guerra se dava no mundo físico, no mundo espiritual seres evoluídos criaram naquela região todo um complexo hospitalar para acolher as vítimas desencarnadas em decorrência da batalha. Uma vez cessada a batalha, não havendo mais necessidade, todo o complexo foi desfeito e os assistidos levados a outras esferas de auxílio. Assim podemos ter um exemplo do alcance das mentalidades superioras, onde associado à vontade está o conhecimento.

O vídeo abaixo, retirado do site Rede Mundo Maior, complementa tudo o que foi dito até aqui, convido a assisti-lo: