segunda-feira, 16 de abril de 2012

REFLETINDO SOBRE AS CURAS DE JESUS.

Entender as minúcias dos prodígios do ser mais evoluído que o planeta Terra já abrigou é algo inimaginável para a compreensão humana.
Este assunto gera enorme controvérsia e ainda requer muita pesquisa.
Mas se Deus deu ao ser humano a inteligência, então se pode e se deve analisar os fatos com a lógica e a razão de que possui. Assim, formulo uma questão: se o bem-estar está intimamente ligado à mente, e esta em desequilíbrio gera as doenças, ou predispõe o corpo às enfermidades, como um indivíduo pode curar outro então?

O pensamento é atributo de cada indivíduo, que faz uso de seu livre-arbítrio, sendo por ele responsável; a mudança de pensamento sempre deve vir dele próprio, pois de outra forma seu livre-arbítrio seria violado. A mudança só pode então ser sugerida.
Atentemos a esta frase dita por Jesus quando curou a mulher hemorroíssa:
“A tua fé te salvou”. Jesus
Complemento com duas citações de Joanna De Ângelis em Jesus & O Evangelho, pág.114:
“Arrancando as pústulas em decomposição orgânica, por intermédio da renovação celular, (Jesus) propunha a profunda mudança de atitude mental e moral do paciente, para que os campos vibratórios modeladores da forma mantivessem o ritmo de equilíbrio para a preservação da harmonia dos órgãos”.
“Silenciosa e verbalmente (Jesus) contribuía para que tudo se resolvesse, sem impedir que o paciente ou a vítima oferecesse a sua contribuição de esforço e sacrifício, a fim de crescer e aprender a construir o bem em si mesmo(...)”.
Para proporcionar a cura à outra pessoa parece ser necessário primeiramente encontrar uma pequena mudança mental do enfermo. Jesus usava de Sua psicologia, sempre conduzindo e ensinando o paciente a exercer seu esforço próprio para se equilibrar e se ajudar no processo da cura.
Jesus conseguia provocar a mudança do pensamento desequilibrado do enfermo que gerava a enfermidade. Sua presença irradiando o Seu amor provocava uma confiança, uma alegria, uma paz interior que o fazia elevar o pensamento. Mas o equilíbrio mental é tarefa individual e intransferível.
Seguindo este raciocínio, percebe-se a responsabilidade do indivíduo em tudo o que ocorre na sua própria vida, ainda mais na sua cura. Portanto, a busca pela cura deve ser feita em conjunto com uma mudança mental, propiciada pela reforma íntima moral, debelando assim, a origem da doença.
E ainda nesta frase: “Brilhe a vossa luz”, Jesus mais uma vez mostra que o indivíduo deve assumir a responsabilidade sobre si mesmo.

Prosseguindo com a análise deste difícil tema, analisemos esta citação de O Livro dos Médiuns, Cap. XXIII, it. 250:
Ninguém pode curar um doente que se obstina em conservar o seu mal e nele se compraz”.
A criatura de mente endurecida é deixada (mas não abandonada) até que desperte, e sua boa vontade reúna a força necessária para a busca do conhecimento das Leis divina. E há muita ajuda para que isso aconteça, pois Deus não desampara a ninguém.
Para se obter a cura, muitas vezes é preciso a dor, que é a alavanca para o despertamento. O homem por si só pode não conseguir controlar suas más tendências, é preciso um evento sério, algo que o leve à mudança de hábitos. A dor não é uma regra na vida, é apenas uma conseqüência da vida que se leva.
Muitos passaram por Jesus, e de tão endurecidos não sentiram a sua irradiação. Poderia Jesus tê-los curado? Pode-se curar alguém que não queira ser curado?
Eurípedes Barsanulfo no livro Fitoterapia do Além, cap. V, pág.85, responde à seguinte pergunta:
Cada vez que for tomar uma medicação (fitoterápica) a pessoa potencia a sua ação concentrando-se mentalmente nas forças transformadoras que são a fé e a confiança?
(...)se não se acreditar nele (remédio), sua ação será limitada(...) ele pouco ou nada lhe acudirá, porque as energias(...) que estão dentro dele, (...)(a falta de fé) fazem com que seja neutralizado e expelido todo o potencial”.
A citação acima acentua que no processo da cura, os agentes principais somos nós mesmos.
Para corroborar com esta citação, Emmanuel no livro Palavras do Infinito, cap. XXXIX, g.106, assim comenta sobre as enfermidades do corpo e da alma:
"Aconselharíamos pois à medicina em geral a intensificação dos processos magnéticos de cura, a sugestão e sobretudo a disciplina da mente, força central e controladora dos fenômenos vitais. A mente educada representa a maior fonte de auxílios a 'es medicatrix', elemento regenerador de todas as funções do organismo". 
Muitos porém, mesmo levando uma vida regrada, baseada na fé e oração, ainda assim são acometidos por doenças incuráveis. Para compreender tais situações lembro-me da seguinte frase: "Devemos morrer com saúde", mas a saúde do corpo espiritual, que adquirimos com pensamentos e atitudes saudáveis.

domingo, 8 de abril de 2012

O BENEFÍCIO DE UM TEMPLO DE ORAÇÃO.

Vivemos na atualidade imersos em um mar de informações decorrentes da internet, redes sociais, celulares.
Porém, na sua grande maioria, informações repletas de futilidades, carregadas de sensualismo e que inspiram a agressividade e preconceitos. Quando não são imagens de baixo nível de educação, são imagens perturbadoras de violência, nos levando ao medo, à depressão e ao pessimismo. Assim, ficamos predispostos a perder a fé no ser humano, na sua capacidade de regenerar-se, de ser honesto, de ser solidário, e mesmo de ser capaz de amar incondicionalmente.
Após a esta exposição excessiva, ao final do dia ou da semana, mesmo com o descanso do corpo físico, ainda podemos sentir um cansaço mental.

Então, como processar estas informações e filtrá-las para manter-se um equilíbrio mental, sem perder a fé e as convicções no bem? Para responder a esta questão de como processá-las, preciso é que se responda primeiro onde processá-las, qual o local mais adequado que facilite esta tarefa de buscar a paz interior.

O local que permita o recolhimento interior e que seja apropriado para as reflexões sobre a vida, pode perfeitamente ser o próprio lar.
A vantagem de um templo de oração é sua atmosfera tranquila e serena; há ali uma atmosfera mental sadia. As pessoas que ali vão compartilham do mesmo estado de espírito de pacificidade e solidariedade, que inspira em nós os mais puros sentimentos. E toda atividade que se faz em grupo é mais prazerosa, ainda mais junto a pessoas com os mesmos ideais e sintonia mental.
Aquele que adentra um templo religioso apenas para cumprir formalismos perde a oportunidade de exercitar sua mente na aquisição de valores mais nobres.

O principal é que em nossa meditação, nunca percamos a fé de que Deus está presente em tudo, nos envolvendo em Seu grande amor; nada está fora de Seu controle e proteção.
Jesus está atendo e ativo nessa grande tarefa de levar a humanidade a iluminar-se, tanto em sentimentos quanto em conhecimentos.

domingo, 1 de abril de 2012

O QUE APRISIONA A MENTE? – A Sombra Coletiva.

O ser humano é um ser social e precisa viver em sociedade. Cada sociedade apresenta culturas próprias, tradições, crenças, valores os quais são moldados pelo modo de pensar dominante que vai sendo incorporado em cada novo integrante desta sociedade. O indivíduo é treinado para a autodefesa, a preservação desses valores e crenças, que em muitos deles faltam os preceitos de dignidade, amorosidade e respeito. Em muitos faltam o respeito ao semelhante, aos integrantes mais frágeis da sociedade, aos animais, à natureza.
Vamos refletir mais uma vez com Joanna De Ângelis em, Jesus & O Evangelho:
Pág.52- “O ser humano é o somatório das suas aspirações e necessidades, mas também o resultado de como aplica esses recursos que o podem escravizar ou libertar. A predominância da sombra ou do lado escuro é efeito compreensível da ignorância ou do acumpliciamento com o crime, derivado da preservação dos instintos primários em predominância no seu comportamento”.
Pág.57– “O indivíduo(...) ocultando a sombra mantém-se vinculado aos formalismos, às tradições, às aparências, embora os conflitos sub-reptícios em que agoniza. A necessidade de impor-se, de destacar-se no grupo social anula o discernimento, abrindo campo mental e emocional para fruir gozos e lucros pessoais(...) Resultado de sombra coletiva que se responsabiliza pelos comportamentos doentios dos povos(...), leis arbitrárias e punitivas(...) estabeleceram a relatividade dos valores humanos(...)”.
O grupo social tem grande influência no modo de pensar do indivíduo visto que ele é inundado de informações que o levam a seguir o pensamento coletivo, isso se não tiver a devida atenção e cuidado consigo. Essa influência se processa lentamente no cotidiano do indivíduo e assim, acaba por ser imperceptível.
O pensamento coletivo ignorante, corrompido, tem produzido máximas que se fixam nas mentes dos despreparados, dos ociosos, enfim, dos indivíduos de má vontade. Há infindáveis desses conceitos coletivos, eis alguns:
“Homem que é homem não leva desaforo para casa”.
“Para fazer parte da nossa turma tem que agir desse modo”.
“Homem que é homem tem que beber”.
“O mundo é dos espertos; todos fazem então também faço”.
"A honra deve ser lavada com sangue".
"O que é que tem isso? Hoje em dia é normal agir assim".
"Não gosto dessa gente (país), quero mais que eles sofram".

A influência está, na maioria das vezes, no grupo de convivência mais próximo - no seio familiar ou no grupo de amigos íntimos. Pessoas essas nas quais se confia e busca-se espelhar. Muitas vezes "herdamos" dos pais seus vícios, seus ódios e preconceitos, suas atitudes reprováveis; passa-se a odiar uma pessoa apenas por se tratar de um desafeto dos pais.
Emmanuel. Seara dos Médiuns, pág.168:
“(...) em toda a parte, vemos pessoas que ainda não aprenderam a raciocinar por si mesmas, reclamando ideias àqueles que as dirigem(...)”.
O grande perigo que Emmanuel alerta é quando a sombra coletiva se transforma em sombra individual e é incorporada ao modo de pensar do indivíduo que a aceita como verdade devido à sua ignorância e a falta de reflexão, e assim, ele passa a agir segundo sua orientação, mas também passará a sofrer todas as conseqüências decorrentes dela.
O indivíduo sempre procura mudar a sua rotina mas, quanto aos seus valores, muitos de tão arraigados, nem se cogita em refletir sobre eles - se são corretos ou equivocados.
Diversos interesses trazem à sociedade novos conceitos, criando ideias "modernas" e para isso é preciso impor uma nova moral. Quando não se sabe as implicações que o novo pode causar na vida, melhor é agir com prudência; não se deve "comprar" uma ideia a primeira vista. O indivíduo deve sempre usar a inteligência e o discernimento para avaliar o que há por trás das ideias que surgem a cada instante no seu convívio.
De novo vale a advertência postulada por Jesus: "Vigiai e orai".
Joanna De Ângelis. Jesus & O Evangelho, pág.142:
“Por instinto de conservação da vida, apega-se aos recursos que lhe passam pelo caminho: afetivos, emocionais, materiais e, sem as reservas morais suficientes submete-se-lhes, escravizando-se(...)”.
Para aqueles verdadeiramente embasados no evangelho de Jesus (aponto-o por ser o que conheço e estudo) dificilmente tais ideias e conceitos doentios se estabelecerão em suas mentes.